11 de ago. de 2008

Livro - O Homen que chorava - Mhário Vicenti

Um olhar poético sobre a essência da vida.

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O escritor Mhário Vicenti, lança na Bienal do Livro de São Paulo, dia 14 de agosto o romance “O homem que chorava”. Uma estréia audaciosa e bem preparada do autor paranaense que tem na veia a literatura por excelência. Aos 47 anos, Mhário se rende aos impulsos e as evidências, que durante anos lhe acenaram para abraçar a carreira literária por vocação. O autor transita na área da comunicação desde os 15 anos quando iniciou a carreira de jornalista no Oeste do Paraná como repórter e fotógrafo, passando por vários veículos de comunicação, incluindo agência de propaganda em São Paulo, cinco anos fora do Brasil, 15 anos em assessoria de imprensa e consultoria de marketing, até criar seu próprio jornal.

Entendendo que chegou à hora de externar toda a poesia e experiência acumulada em sua trajetória profissional e de vida, Mhário expõem em seu estilo, uma raridade literária com olhar assertivo na essência da vida, mergulhando pela alma de seus personagens como um passeio no parque.

Em seu primeiro romance de ficção, o autor faz prosa com sensibilidade a flor da pele, aos encontros e devaneios do personagem principal na constante busca pela felicidade. Desde a primeira das 281 páginas do “O homem que chorava”, Mhário confirma e nos convence de que é um romancista nato, quando abre coração e alma para contar em sua história, a surpreendente aventura de Maxxi.

Com uma narrativa simples, objetiva e sensível, Mhário Vicenti deixa o leitor abduzido nessa história cheia de acontecimentos insólitos, mudando constantemente de desfecho através da exemplar vida de Maxxi. Um homem-menino que tinha tudo para engrossar as estatísticas negativas do país, por viver sempre à beira da marginalidade, chorando as injustiças da vida, mas decidiu virar o jogo e perseguir a tão sonhada felicidade, desejo de qualquer ser humano, depois de peregrinar pelos 800 quilômetros no Caminho de Santiago de Compostela ao Norte da Espanha.

O primeiro livro de Mhário Vicenti, “Natureza Clandestina”, com 150 páginas de crônicas e poesias foi publicado em 1987 no Paraná em edição limitada. Nessa época, o escritor apenas amadurecia a idéia de abraçar a carreira literária entre versos profundos e derradeiros sobre a alma humana, imaginando que seu dia de escritor seria apenas uma questão de calendário.

SALTO

Quem sabe,

Um dia,

Terei asas para planar em todos

Os horizontes,

E com elas ter você, Infinitamente

A qualquer altura...

Agora “alado” em sua estréia na literatura de ficção, o escritor Mhário Vicenti está pronto para alçar o seu vôo grande vôo “literalmente”.

 SINOPSE: O HOMEM QUE CHORAVA

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Maxxi é abandonado pela mãe aos cinco anos de idade, vive com o pai, um humilde bicicleteiro, porém, um boêmio conquistador e indiferente ao filho. Cresce em meio à rebeldia, e se sentindo rejeitado, trilha o próprio caminho na busca da tão sonhada felicidade.

Aos 12 anos foge de casa, saindo pela primeira vez de Mirassol, interior do Paraná, até a capital, Curitiba. A partir daí, inicia-se uma longa e conturbada empreitada repleta de aventuras.

Essa jornada tem um envolvente relato sobre o caminho de Santiago de Compostela que vai se alternando com as lembranças do passado e as respostas que a mística peregrinação vai lhe entregando quilômetro a quilômetro.

Desde o começo de sua empreitada, o obstinado maxi chega à beira da marginalidade navegando por entre relacionamentos insólitos. Essa trajetória tem como cenário várias cidades brasileiras, e ainda uma experiência no exterior, onde, Maxxi recém separado, descobre aos 22 anos que tem um filho, fruto do seu precoce casamento.

Carregado de ousadia e persistência era a inquietude que dominava o seu espírito cigano e impedia que ele se apegasse às pessoas. Isso só fazia aumentar as suas angústias e a solidão, frustrando cada vez mais seus desejos e sonhos. Embora a sua perseverança fizesse com que ele conquistasse estabilidade financeira, status e poder político. Tudo isso não o fazia feliz.

Aos 46 anos, no auge da sua carreira profissional, Maxxi radicaliza o seu estilo de viver e decide abandonar tudo para resgatar na simplicidade, a essência da sua vida. Finalmente, sente-se aliviado e abençoado pela mão divina, mas o destino lhe prega outra peça, reservando mais um golpe fatal ao lhe impor a morte pelo amor.